Da classificação biológica à classificação digital: perspectivas de renovação em classificação arquivística
Palavras-chave:
Classificação, Análise Funcional, Sistema de série, Classificação por ItemResumo
A classificação arquivística é uma das atividades mais fundamentais e mais difíceis de serem executadas na prática à medida que a área não possui parâmetros claros para sua execução. Sempre esteve atrelada, de algum modo, aos princípios de proveniência e ordem original. Durante seu percurso teórico, foi atrelada inicialmente a uma perspectiva naturalista e relacionada com as classificações biológicas do século XIX, e sua revisão a partir da década de 1950 com a criação dos planos de classificação estrutural e funcional, buscando aproximá-la da realidade administrativa das instituições e, na atualidade, as classificações baseadas no sistema de série e o vislumbre teórico de uma classificação por item. Nesse sentido, busca-se neste artigo traçar o percurso histórico e conceitual da classificação arquivística por meio da análise dos principais marcos teóricos do passado e da atualidade, especialmente os autores responsáveis pela enunciação e cristalização das noções de classificação. Busca-se, ainda, a construção de um panorama teórico dos autores que, na atualidade, buscam redefinir e rearranjar teoricamente os conceitos e práticas relacionados a essa atividade. Sinalizando no horizonte teórico-prático da disciplina as novas abordagens em classificação.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS HOLANDESES. Manual de arranjo e descrição de arquivos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1975.
BAK, G. Continuos classification: capturing dynamic relationship among information resources. Archival Science, v.12, n. 2, s/p, 2012 (preprint).
BROTHMAN, B. Archives, life cycles, and death wishes: a helical model of record formation. Archivaria, v. 61, Spring, 2006, p. 235-269.
CANADA. Library And Archives Canada. Business Activity Structure Classification System (BASCS): Disponível em: <http://www.collectionscanada.gc.ca/007/002/007002-2089-e.html>. Acesso em: 01 jun. 2012.
COOK, T. The concept of the archival fonds in the post-custodial era: theory, problems and solutions. Archivaria, v. 35, Spring, p. 24-37, 1993.
COOK, T. What is past is prologue: a history of archival ideas since 1898, and the future paradigm shift. Archivaria, v. 43. Spring, 1997, p. 18-63.
COOK, T. Fashionable Nonsense or professional rebirth: postmodernism and practices of archives. Archivaria, v. 51, Spring, p. 14-35, 2001.
COOK, T. Archival science and postmodernism: new formulations for old concepts. Archival Science, v. 1, n. 1, 2001, p. 3-24.
DURANTI, L. The archival bound. Archival and Manuscrits info, v. 11 p. 213-218.
DURANTI, L. et al. Preservation of the integrity of electronic records. Boston : Kluwer Academic Publishers, 2002.
EASTWODD. T. What is archival theory and why is it important? Archivaria, v. 37, p. 122-130, 1994.
EASTWOOD, T. Putting the parts of the whole together: systematic arrangement of archives. Archivaria, v. 50, Fall, p. 93-116, 2000.
FOSCARINI, F. Records classification and functions: an archival perspective. Knowl. Org. v. 33, n. 4, p. 188-198, 2006.
FOSCARINI, F. Functional-based classification systems: an exploratory study of records management practices in central banks. 2009, 349 f., Phd Thesis (Doctor Of Philosophy) – Library, Archival and Information Studies Course, University Of British Columbia, Vancouver, 2009.
JENKINSON, H. A manual of archive administration: including the problems of war archives and archive making. Oxford: The Clarendon Press, 1922.
JENKINSON, H. Selected writings of sir Hilary Jenkinson. Gloucester: Alan Sutton,1980.
HEREDIA HERRERA, A. Archivística general: teoría y práctica. Sevilla: Disputacíon de Sevilla, 1995.
HORSMAN, P.; KETELAAR, E.; THOMASSEN, T. New respect for the old order: the context of the dutch manual. American Archivistic, n. 66, Winter/Spring, 2003, p. 249-270.
HURLEY, C. What, if anything, is a function? Archives and Manuscripts, v. 21, n. 2, p. 208-220, 1993.
HURLEY, C. Ambient Functions: Abandoned Children to Zoos. Archivaria, v. 40, Fall, p. 21-39, 1995.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. 15489-1 Information and documentation: records management, 2001.
NESMITH, T. Seeing archives: postmodernism and the changing intellectual place of archives. American Archivist, v.65, n. 2, p. 24-41, 2002.
ORR, S. A. Functional-based classification of records: is it functional? 2005, 170 f., MA Thesis (Mestrado) – Master of Science in Records Management Course, Northumbria University, Newclaste, 2005.
SOUSA, R. T. B. Os princípios arquivísticos e o conceito de classificação. In: RODRIGUES, G. M.; LOPES, I. L. Organização e Representação do Conhecimento. Brasília: Thesaurus, 2003, p. 240-269.
SABOURIN, P. Constructing a funcional-bases recrods classification system: business activity sctructure classification system. Archivaria, n. 51, p. 137-154, 2001.
SCHELLENBERG, T. R. European practices in arranging records. National archives staff information circular, n. 5, 1939.
SCHELLENBERG, T. R. Modern Archives: principles & techniques. Chicago: Society of American Archivists, 2003.
SHEPHERD, E. & YEO, G. Managing records: a handbook of principles and practice. London: Facet, 2003.
YAKEL, E. Archival Representation. Archival Science, n. 3, p. 1-25, 2003.
YAKEL, E. Who represents the past? Archives, records and social web. In: COOK, Terry (Ed.). Controling the past: documenting society and institutions. Chicago: Society of American Archivists, p. 257- 278, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o artigo submetido é original, não tendo sido encaminhado à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Declaro, ainda, que uma vez publicado na Ágora - ISSN 0103-3557, Florianópolis, Brasil , editada pelo Curso de Graduação em Arquivologia da Universidade Federal de Santa Catarina, o mesmo não será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à ÁGORA: Arquivologia em debate e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9610, de 19/02/1998).
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor.
Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS, assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas.
Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open access to all of it content on the principle that making research freely available to the public supports a greater global exchange of knowledge. Such access is associated with increased readership and increased citation of an author's work. For more information on this approach, see the Public Knowledge Project, which has designed this system to improve the scholarly and public quality of research, and which freely distributes the journal system as well as other software to support the open access publishing of scholarly resources. The names and email addresses entered in this journal site will be used exclusively for the stated purposes of this journal and will not be made available for any other purpose or to any other party.
Ágora, ISSN 0103-3557, está licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.