Documentos audiovisuais são arquivos? Reflexões a partir de conceitos clássicos e contemporâneos

Autores

  • Luiz Antonio Santana da Silva Universidade Estadual Paulista - UNESP/Marília.
  • Telma Campanha de Carvalho Madio Universidade Estadual Paulista - UNESP/Marília.

Palavras-chave:

Documento de Arquivo, Arquivo, Documento Audiovisual, Arquivologia

Resumo

Este artigo tem por finalidade apresentar à discussão definições de arquivo encontradas nos primeiros manuais de arquivística, a fim de apontar a compreensão da época quanto ao conceito de arquivo, além de verificar se havia inclusões de outros gêneros documentais, que não textual, como documentos integrantes dos conjuntos orgânicos. A partir desses marcos teórico-metodológicos presentes na arquivologia, trouxemos o entendimento do conceito de arquivo, retirados da Legislação Arquivística Brasileira e do Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística para analisarmos e detectarmos o perfil arquivístico de documentos audiovisuais. Abordamos os conceitos europeus de arquivo, uma vez que a arquivologia difundida no Brasil possui raízes europeias, com o propósito de contextualizar a discussão fornecendo consistência para que pudéssemos compreender que documentos audiovisuais são documentos de arquivo e que, consequentemente fazem parte de conjuntos orgânicos, sendo esse perfil amparado pela própria legislação arquivística. Foi necessária essa caracterização devido ao fato de que esses documentos são comumente considerados como coleções ou arquivos especiais.

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Biografia do Autor

Luiz Antonio Santana da Silva, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Marília.

Mestre em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI), pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Campus Marília. Desenvolveu sua pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Integra o grupo de pesquisa Acervos Fotográficos liderado pelos pesquisadores : André Porto Ancona Lopez (UnB) e Telma Campanha de Carvalho Madio (UNESP), vinculado a Universidade de Brasília - UnB, Faculdade de Ciência da Informação. Possui graduação (Bacharel) em Arquivologia pela UNESP (2010) Campus Marília, sendo bolsista de iniciação científica pela FAPESP. Seu interesse de pesquisa está concentrado nos seguintes temas: Ciência da Informação e subáreas, métodos de classificação em Arquivologia, abordagem conceitual sobre documento de arquivo, documento, documentos audiovisuais, iconográficos e imagéticos. Recentemente, aborda o posicionamento de documentos audiovisuais em ambiente de arquivo discutindo formas de organização arquivística levando em conta o momento da produção desses.

Telma Campanha de Carvalho Madio, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Marília.

Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1985), especialização em Arquivo pelo IEB/USP (1988), mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/UNESP, no Departamento de Ciência da Informação da Faculdade de Filosofia e Ciências - Campus Marília, ministrando disciplinas na graduação e na pós-graduação. Coordenadora do Laboratório de Conservação, desde 2006 e do Curso de Arquivologia, desde 11/2012. Atua nas linhas de Pesquisa Produção e Organização da Informação e Gestão da Informação, com os temas: organização e identificação arquivística, fotografia, acervos audiovisuais, conservação preventiva e História Contemporânea do Brasil.

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Publicado

2013-12-20

Como Citar

Silva, L. A. S. da, & Madio, T. C. de C. (2013). Documentos audiovisuais são arquivos? Reflexões a partir de conceitos clássicos e contemporâneos. ÁGORA: Arquivologia Em Debate, 23(47), 35–56. Recuperado de https://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/450

Edição

Seção

Artigos