Patrimônio documental e a memória da cidade: considerações acerca da gestão da memória em Montes Claros, Minas Gerais

Autores/as

  • Filomena Luciene Cordeiro Reis UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
  • Juliano Gonçalves de Aquino Professor do ensino fundamental e médio do Estado de Minas Gerais

Palabras clave:

Patrimônio Documental, Memórias, História, Lugares de Memória, Cidades

Resumen

A pesquisa discutiu a relevância dos arquivos públicos municipais enquanto lugares de memória de Montes Claros, Minas Gerais, em especial o Arquivo do poder executivo. Traçou um panorama de constituição desta instituição arquivística até os dias atuais com intuito de investigar e mostrar o contexto de sua criação e a existência de uma política de preservação cultural atuante no Município. O estudo objetivou expor a gestão da memória local por meio da preservação do seu patrimônio documental, especificamente da Prefeitura Municipal. A metodologia adotada para realização da pesquisa consistiu na discussão teórico-metodológica acerca do assunto, bem como análise e interpretação de documentos que narram a história do referido Arquivo e, consequentemente da cidade. Dialogamos com análises historiográficas na tentativa de detectar as nuances da preservação da memória nas cidades, enfocando a memória arqueologizada no patrimônio documental de Montes Claros. Os resultados apontados constataram a importância desse órgão de documentação para a (des)(re)construção das histórias de um lugar e de seus sujeitos por meio da preservação e conservação do patrimônio documental, pois, sem ele, o homem perde alguns dos seus referencias enquanto cidadão. Preservar documentos públicos é também conservar a memória e o direito de ser cidadão

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Biografía del autor/a

Filomena Luciene Cordeiro Reis, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

Possui doutorado em História pela Universidade Federal e Uberlândia (2013); mestrado em História pela Universidade Severino Sombra (2005); pós graduação lato-sensu em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes (1996) e Gestão da Memória: Arquivo, Patrimônio e Museu pela Universidade do Estado de Minas Gerais (1998); e graduação em HISTÓRIA pela Universidade Estadual de Montes Claros (1994). Foi chefe da Divisão de Pesquisa e Documentação Regional da Unimontes de 1995 a 2007; diretora do Centro Pedagógico Espaço Mágico de 2004 a 2008; e coordenadora do Projeto de Gestão de Documentos da Câmara Municipal de Montes Claros de 2009 a 2010. Atualmente é professora do Departamento de História e professora colaboradora do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experiência na área de História e Arquivo. É autora do livro "A cidade sem passado: políticas públicas e bens culturais de Montes Claros - um estudo de caso", co-autora de "Acervo do Fórum Gonçalves Chaves: resgate da identidade histórico-cultural do norte do Estado de Minas Gerais". Atua na área de História, com ênfase em História Social, principalmente nos seguintes temas: historiografia, cidade, trabalho, patrimônio cultural/documental, imprensa e memória.

Juliano Gonçalves de Aquino, Professor do ensino fundamental e médio do Estado de Minas Gerais

Mestre em História pela Universidade Estadual de Montes Claros e professor da rede pública de Minas Gerais.

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Publicado

2019-07-01

Cómo citar

Reis, F. L. C., & Aquino, J. G. de. (2019). Patrimônio documental e a memória da cidade: considerações acerca da gestão da memória em Montes Claros, Minas Gerais. ÁGORA: Arquivologia Em Debate, 29(59), 1–22. Recuperado a partir de https://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/793

Número

Sección

Artigos