Ética profissional do arquivista em ambientes informacionais digitais: uma análise dos códigos de ética do International Council on Archives, da Association of Canadian Archivists e da Society of American Archivists

Autores/as

Palabras clave:

Ética profissional, Moral, Código de ética dos arquivistas, Ambiente digital

Resumen

A humanidade e, consequentemente a Arquivologia, vêm sendo influenciadas pelas tecnologias e comportamentos contemporâneos, sendo assim, acredita-se que o fazer do arquivista necessita de direcionamentos por meio de códigos de ética. Partindo do pressuposto de que a ética e a moral devem nortear o fazer dos arquivistas, visto que a ética orienta conduta e a moral orienta comportamentos, o questionamento que norteia o desenvolvimento desta pesquisa é se os Códigos de Ética do International Council on Archives, da Association of Canadian Archivists e da Society of American Archivists estão adaptados às mudanças dos suportes e tecnologias amparando o fazer profissional do arquivista no ambiente informacional digital.  Objetivou-se analisar os Códigos de Ética dos arquivistas com vistas ao fazer profissional no ambiente informacional digital. Em relação aos procedimentos metodológicos,  realizou-se uma pesquisa de natureza básica, tipologicamente descritiva/exploratória, com delineamento bibliográfico e que fez uso do método pesquisa documental, analisando-se qualitativamente os códigos de ética e realizando-se inferências com base na literatura estudada, na regulamentação da profissão e dos arquivos e na legislação nacional. Como resultados, evidencia-se que os três códigos de ética não contemplam ações voltadas especificamente ao fazer arquivístico no ambiente digital, pois os códigos não foram modificados visando atender à necessidade desse ambiente informacional, mas contemplam a Ética no fazer do arquivista de forma geral. Por fim, conclui-se que os Códigos de Ética norteiam o fazer do arquivista, mas serão necessárias atualizações que visem atender de forma mais eficiente ao ambiente informacional digital.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Eduardo Rodrigues de Souza, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil

Graduado em Arquivologia.

Juliana Cardoso dos Santos, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil

Professora do Departamento de Ciência da Informação da UEL. Doutora em Ciência da Informação pela UNESP/FFC, Marília. Bibliotecária - CRB 001655/0/PR. 
Link currículo Lattes - https://lattes.cnpq.br/1590284754731945

Citas

ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (AARGS). Disponível em: https://www.aargs.com.br/principio-eticos-aab/. Acesso em: 29 jul. 2020.

ASSOCIATION OF CANADIAN ARCHIVISTS (ACA). 2017. Code of ethics and professional conduct. Disponível em: https://archivists.ca/resources/Documents/Governance%20and%20Structure/aca_code_of_ethics_final_october_2017.pdf. Acesso em: 11 fev. 2023.

ASSOCIATION OF CANADIAN ARCHIVISTS (ACA). 2020. Disponível em: https://archivists.ca. Acesso em: 01 nov. 2020.

BERNARDES. I. P. Como avaliar documentos de arquivo. São Paulo: Arquivo do Estado, Imprensa Oficial do Estado, 1998. Disponível em: https://www.arqsp.org.br/arquivos/oficinas_colecao_como_fazer/cf1.pdf. Acesso em: 05 maio 2021.

BORBA, F. S. (org.) Dicionário Unesp do Português contemporâneo. São Paulo: UNESP, 2004.

BRASIL.CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004, que dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística de documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-20-de-16-de-julho-de-2004. Acesso em: Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL.CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução n. 25, de 27 de abril de 2007, que dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-25-de-27-de-abril-de-2007. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS Resolução n. 43 de 04 de set de 2015. Altera a redação da Resolução do CONARQ nº 39, de 29 de abril de 2014, que estabelece diretrizes para a implementação de repositórios digitais confiáveis para a transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais para instituições arquivísticas dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-43-de-04-de-setembro-de-2015. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução n. 31, de 28 de abril de 2010, que dispõe sobre a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-31-de-28-de-abril-de-2010. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução n. 32, de 17 de maio de 2010, que prova as Diretrizes para a Presunção de Autenticidade de Documentos Arquivísticos Digitais. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-32-de-17-de-maio-de-2010. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução n. 37, de 17 de dez de 2012 que dispõe sobre a inserção dos Metadados na Parte II do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-37-de-19-de-dezembro-de-2012. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução n. 39 de 29 de abr de 2014. Estabelece diretrizes para a implementação de repositórios arquivísticos digitais confiáveis para o arquivamento e manutenção de documentos arquivísticos digitais em suas fases corrente, intermediária e permanente, dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-39-de-29-de-abril-de-2014. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. LEI Nº 6546, DE 04 DE JULHO DE 1978. Dispõe sobre a regulamentação das profissões de arquivista e de técnico de arquivo, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/l6546.htm. Acesso em: 13 abr. 2021.

BRASIL. LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e provados e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8159.htm. Acesso em 18 mar. 2022.

BRASIL. LEI N° 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Regula o acesso a informações e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivi l_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm. Acesso em: 14 out. 2020.

CLOTET, J. Una introducción al tema de la ética. 1986. Disponível em: http://www.b ioetica.ufrgs.br/intetica.htm. Acesso em: 19 nov. 2020.

FERNAL, A. Materialidade da informação no contexto dos ambientes informacionais digitais e os impactos na Arquivologia nas conjunturas da preservação digital. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual de Londrina, Paraná, 2015.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GOMES, A. A.; SANTOS, J. C.; PRADO, E. W. P.; NASCIMENTO, N. M. Aspectos éticos na prática arquivística. Archeion Online. v. 7, p. 2, p. 62-54, jun. 2020. Disponível em. https://periodicos.ufpb.br/index.php/archeion/article/view/52669/30788. Acesso em: 20 jul. 2020.

INTERNATIONAL COUNCIL ON ARCHIVES (ICA). Code of Ethics. 1996. Disponível em: https://www.ica.org/sites/default/files/ICA_1996-09-06_code%20of%20ethics_EN.pdf. Acesso em: 31 out. 2020.

INTERNATIONAL COUNCIL ON ARCHIVES (ICA). 2016. Disponível em: https://www.ica.org/en. Acesso em: 31 out. 2020.

JARDIM, J. M. As novas tecnologias da informação e o futuro dos arquivos. Revista Estudos Históricos, v. 5, n. 10, p. 251-260, 1992. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1942. Acesso em: 08 maio 2021.

MARTENDAL, F. F.; SILVA, E. C. L.; VITORINO, E. V. Diálogo entre as dimensões da competência em informação e os cursos de graduação em Arquivologia do sul do Brasil. 2017. Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/v/8995. Acesso em: 10 nov. 2019.

MONTEIRO, K. P. L.; VIGNOLI, R. G. O Código de Ética do arquivista. Disponível em: https://docplayer.com.br/143828050-Ii-workshop-de-pesquisa-em-ciencia-da-informacao-wpci-informacao-tecnologia-e-sociedade.html. Acesso em: 22 nov. 2020.

NORMA GERAL INTERNACIONAL DE DESCRIÇÃO ARQUIVISTICA – ISAD(G). 2020. Disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/images/publicacoes_textos/isad_g_2001.pdf. Acesso em: 13 set. 2020.

PONCHIROLLI, O. Ética e responsabilidade social empresarial 22. ed. Curitiba: Juruá, p. 17, 2008.

ROCCO, B. C. B. Um estudo sobre gestão de documentos arquivísticos digitais na administração pública federal brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: https://ridi.ibict.br/bitstream/123456789/711/1/rocco2013.pdf. Acesso em: 05 maio 2021.

ROCHA, C. L.; RONDINELLI, R. C. Gestão e preservação de documentos arquivísticos digitais: revisitando alguns dos conceitos que as precedem. Acervo - Revista do Arquivo Nacional, v. 29, n. 2, p. 61-73, 2016. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/41722. Acesso em: 16 abr. 2021.

SANTOS, H. M; FLORES, D. Repositórios digitais confiáveis para documentos arquivísticos: ponderações sobre a preservação em longo prazo. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 20, n. 2, p. 198-218, jun. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362015000200198&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 05 maio 2021.

SANTOS, V. B. D. Preservação de documentos arquivísticos digitais. Ciência da Informação, v. 41, n. 1, 2012. DOI: 10.18225/ci.inf.v41i1.1357. Acesso em: 05 maio 2021.

SIGNIFICADOS DE DEONTOLOGIA. Disponível em: https://significados.com.br/deontologia. Acesso em: 23 jul. 2020.

SILVEIRA, E. S; ARAÚJO, C.S. A importância da Associação dos arquivistas da Paraíba como instrumento de fortalecimento e visibilidade profissional. Em Questão, v. 27, n. 1, p. 111-131, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/102343. Acesso em: 08 maio 2021.

SIROUX, D. Deontologia. In: CANTO-SPERBER, M. (org.) Dicionário de ética e filosofia moral. Editora Unisinos, v.1, p. 405-406, 2007.

SOCIETY OF AMERICAN ARCHVISTS (SAA). 2020. Disponível: https://www2.archivists.org/ state ments/saa-core-values-statement-and-code-of-ethics. Acesso em: 24 jul. 2020.

SOCIETY OF AMERICAN ARCHIVISTS. SAA Code of Conduct. Disponível em: https://www2.arch ivists.org/statements/ saa-code-of-conduct. Acesso em: 13 nov. 2020.

VÁSQUEZ, A. S. Ética. 14. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.

Publicado

2024-01-01

Cómo citar

Souza, E. R. de, & Santos, J. C. dos. (2024). Ética profissional do arquivista em ambientes informacionais digitais: uma análise dos códigos de ética do International Council on Archives, da Association of Canadian Archivists e da Society of American Archivists. ÁGORA: Arquivologia Em Debate, 34(68), 1–23. Recuperado a partir de https://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/1120

Número

Sección

Artigos